sexta-feira, 10 de outubro de 2008

CANON 40D

No segundo semestre de 2008 foram aparecendo oportunidades de fazer fotos de casamento, festa de 15 anos e jantares, fotos sociais que foram bacanas de se fazer. Mas eu ainda não tinha uma câmera digital e fazer com filme seria inviável, a solução foi alugar as câmeras o que me deixava meio passado, uma que dessa forma eu ganhava menos e outra que era um stress tremendo ter que tomar conta do equipamento de outra pessoa. E nem só por isso, fazia tempo que eu procurava por uma câmera digital. A primeira oportunidade que tive foi quando minha irmã viajou pra China, mas ela acabou não trazendo a câmera. Eu gostava da Lumix, da Panasonic, mas ela nem chegou ao Brasil, era uma irmã gêmea da Leica e essa era um sonho impossível, uma câmera cujo corpo sem objetiva nenhuma custava RS 15.000,00 com 10 megapixel, claro que se eu tivesse esse dinheiro até compraria, mas não tinha nem 10% disso. Eu até o momento só havia usado cameras Nikon, comecei a ter contato com a Cânon quando comecei a trabalhar com fotografia e gostei bastante, se me perguntarem qual a melhor entre as duas marcas eu não sei, mas achei a 40D da Cânon uma bela câmera das que estavam ao meu alcance. Nas lojas do Centro a media era de RS 3000,00 a RS 3900,00 dependendo da forma de pagamento, no standcenter da Paulista custava RS 2200,00. A gente tem que pensar no que é viável e foi lá que comprei, só o corpo sem a lente. Eu passei exatamente um mês sem saber se a câmera funcionava ou não, porque não tinha dinheiro pra comprar uma objetiva. Mesmo a câmera, foi comprada em prestações que me deixavam angustiado no final do mês. Acho que o modo que o universo encontrou pra me fazer sofrer foi através da falta de dinheiro, porque cada vez que eu preciso comprar alguma coisa eu sinto um aperto no peito, uma dor no coração... E a objetiva também custava RS 1200,00, que foi financiada também, e a cada mês caiam dois cheques quase ao mesmo tempo, meu Deus, e tudo isso sem garantias de que ao longo do mês eu teria trabalho, ou que seria pago pelo trabalho que fazia. Mas tudo bem, minha primeira câmera digital é uma Cânon 40D, com uma objetiva 50mm de 1.4, que é luminosa e tem como acessórios um grip de bateria e um para-sol, muito bom, estou felicíssimo e satisfeito com a aquisição.


VOGUE HOMEM · Agosto 2008





sábado, 20 de setembro de 2008

MADE IN JAPAN · setembro 2008


Dois meses antes da abertura da exposição “O Aikido em sua Essência”, eu liguei para o Editor chefe da revista Made in Japan e sugeri como pauta uma entrevista com Ono Sensei, apresentando-o como o mais antigo praticante dessa arte em atividade no Brasil e um dos principais formadores de aikidoistas. A matéria estaria ligada a homenagem que fizemos na forma de uma exposição de arte no Espaço Cultural do Banco Central. Ainda insisti, mandando fotos, biografias e matérias no jornal com as premiações que o Sensei recebeu nos últimos anos. Muito pensamento positivo e dias depois uma repórter liga no meu telefone querendo agendar um encontro com o Sensei. Fiquei feliz e preocupado ao mesmo tempo, nessa mesma semana o Sensei tinha entrado na UTI e estava sob observação. Tudo tinha começado com uma pneumonia mal curada e na recaída, por causa da baixa imunidade apareceram herpes e sintomas de problemas no coração. Eu estava preocupado com o Sensei e ao mesmo tempo queria muito uma matéria que mostrasse todo o trabalho que vinhamos desenvolvendo dentro do Aikido. Lembro que no dia que recebi o telefonema corri até o hospital pra me encontrar com a esposa e a filha do sensei. A situação estava complicada e o sensei estava sendo transferido de hospital. Conversei muito com a repórter, disse que queríamos muito essa matéria e conseguimos adiar a entrevista. Eles queriam tirar fotos do sensei dentro do Dojo demonstrando as técnicas comigo, pra juntar tudo de uma vez. Bom, foi uma novela brasileira e como sempre no final tudo deu certo. No dia marcado a entrevista foi realizada e ainda tivemos um bônus, Kawai sensei apareceu de surpresa para uma visita casual, fato que enriqueceu ainda mais a matéria e envolveu a todos. O formato já estava definido, com o texto retirado da entrevista e com as minhas fotos, as mesmas da exposição. Mas então a revista aproveitou a ocasião para convidar algumas academias para anunciar na parte de publicidade. Nos só ficamos sabendo disso quando algumas academias ligaram perguntando a respeito da veracidade da coisa toda. Os preços eram exorbitantes, acho que o menor formato ficava em torno de RS 500,00 indo até RS 2000,00 a pagina inteira. Fui conversar com o sensei em seu apartamento e a solução surgiu de uma sugestão do Daniel, seu filho. Iríamos colocar todas as academias e dividir o custo de duas paginas entre as 90 academias associadas a União Sul Americana de Aikido. Fui pra casa e pensei numa diagramação que viabilizasse o projeto, mas isso seria totalmente diferente do padrão estabelecido pela revista. Eu não poderia simplesmente sugerir um novo formato que abrigasse a todas as academias e pedir que eles desenvolvessem essa idéia, então fiz eu mesmo a diagramação e entreguei o formato pronto como seria publicado. Entreguei o projeto e disse que caso fosse aceito o dinheiro já estava disponível. Nessas horas ter o dinheiro em mãos pesa muito na balança. Dito e feito, eles aceitaram o novo formato e ficamos controlando a ansiedade de ver a revista ser publicada nas bancas. No dia 14 de setembro de 2008, numa aula de domingo a própria repórter que escreveu a materia foi até o Dojo entregar um exemplar da revista em mãos para Ono Sensei.

 

terça-feira, 16 de setembro de 2008

COSTUME · verão 2008








A produtora da Elle tinha um iphone, um bagulhinho maneiro, bonito demais, e por ele consultamos a previsão do tempo para a próxima semana, remarcamos a locação das roupas, olhamos os mapas da região e ouvimos musica pra relaxar.


ROCKSTER · inverno 2008








Nesse primeiro trabalho com o Cristiano, pela revista Elle, as coisa não correram como planejado. O dia estava chuvoso e tivemos que remarcar para a próxima semana. Eu, junto do grupo, pude sentir a agitação de ter o trabalho frustrado. Quando decidiram que não havia condições de fazerem as fotos, as produtoras da revista correram pra reservar a locação para a próxima semana, isso depois de consultarem a previsão do tempo e a disponibilidade dos modelos e principalmente do fotografo. Foram três horas de São Paulo pra praia, meia hora no local e três horas da praia pra São Paulo de novo. Metade do dia dentro da van decidindo opções para as fotos remarcadas. profissionais de verdade nem tem tempo para desanimar, se um projeto não da certo rapidamente elaboram novos planos pra contornar a situação.


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

GLOSS · fevereiro 2008





E realmente cada fotografo tem um jeito próprio de entender a fotografia, e eu não seria tão obvio em comentar uma coisa dessas se não houvesse uma razão. Cada fotografo cria em torno de si um ambiente e um circulo de pessoa que imprime um estilo próprio ao trabalho. Não sei nem se isso é feito conscientemente, mas acabamos por gostar mais de trabalhar junto com pessoas que pensem como nós pensamos, que tenham as mesmas referencias e mais ou menos os mesmos gostos. Para um leigo foto de moda é uma coisa foto de esporte é outra e assim por diante, para quem trabalha com isso dentro de uma mesma categoria cada profissional tem um trabalho distinto e inconfundível.


GLOSS · janeiro 2008



O Cristiano estava de viajem marcada pra Boiçucanga, pra fazer um editorial de moda pra revista Elle e precisava de um assistente, como eu não tinha marcado pra aquela semana aceitei na hora.



Logo depois de eu ter começado a trabalhar com o Jerome, havíamos feito uns dois ou três trabalhos juntos, liga em casa um tal de Rogério querendo saber se eu tinha interesse em trabalhar como assistente para um fotografo especializado  em moda chamado Cristiano. Ele me disse que o Oliver, chefe de arte da Marie Claire, havia contado sobre a minha visita na redação. Ele gostou da historia e gostaria de saber se podia passar o meu contato para o Cristiano, fotografo de quem já havia sido assistente, e que no momento estava trabalhando sozinho. Eu disse que sim, que poderia passar meu contato. Pois como havia ouvido do próprio Jerome, um assistente deve tentar trabalhar com o maior numero de fotógrafos, pois de cada um se tem a oportunidade de aprender um jeito diferente de fazer fotografia.


L'OFFICIEL jóias · abril 2008




Mais ou menos 15 dias depois de entregue o trabalho, a revista MAGAZINE A sai nas bancas. A satisfação de ver um trabalho do qual você participou é enorme, meu nome constava nos créditos como assistente de fotografia, e assim tive o prazer de mostrar a revista pra todo mundo.






No começo eu era um falastrão, eu mostrava as revistas com os trabalhos do qual havia participado e o pessoal perguntava se essas garotas das fotos eram gostosas mesmo ou era tudo truque de computador. Eu costumava dizer que eram as duas coisas.