A pousada era incrível, na encosta do morro com uma escadaria que dava pra praia e perto de uma floresta. No mesmo quarto fiçamos eu, o Jerome e o Eduardo, da Imagin, uma empresa francesa que não existe mais, mas que fornecia equipamentos para produções fotográficas. O Eduardo era o técnico que acompanhava o equipamento e um cara também muito gente boa que me mostrou o funcionamento da câmera e dos aparelhos de iluminação. A câmera era a Mark II da Cânon, que aliás me encantou, era bem maior que as câmeras que eu já havia visto e acho que tinha uns 21 megapixel, coisa que para mim nem existia. Então eu soube que era verdade, que existiam sim câmeras de RS 20.000,00 e até mais, muito mais. Os modelos eram qualquer coisa, mas muito simpáticos, um cara e duas meninas e esse tipo de produção logo desde o começo me descortinou um mundo novo. Parece coisa de pobre se visto por esse ângulo, mas nessa época eu nunca conseguiria comer nos restaurantes que conheci, nem me hospedar numa pousada como aquela, eu estava era passando as férias mais incríveis da minha vida sem gastar nada e com a possibilidade de mais pra frente ainda ganhar com isso.